Emilie Planeja Novo Álbum

23/11/2009 00:00

 

  A cantora e violinista Emile Autumn visita pela primeira vez a Cidade do México durante sua turnê "The Asylum Tour 09", nos proporcionando um show do modo que apenas instrumentalistas talentosos conseguem.

Emilie falou com a WARP sobre suas realizações e novos projetos - incluindo um novo álbum.

 


 WARP - O que você pode nos dizer sobre o seu livro, "The Asylum For Wayward Victorian Girls"? (disponível em dezembro)

 EA - Foi a coisa mais importante da minha vida e foi muito difícil lançá-lo, não foi algo que eu terminei de escrever ontem, está pronto a três anos, e eu fui adicionando mais fotos, pinturas e outras coisas. Então temos este belo livro com arte e minha autobiografia, a história da minha vida e também "The Asylum": o que é? , como aconteceu?, por que existe?, quem mora lá e por quanto tempo ficarão lá?, contar a verdade de uma vez só e sem ter medo do que as pessoas possam pensar.


 WARP - Foi difícil escrevê-lo?

 EA - Foi incrivelmente difícil e doloroso, uma vez que ele começou como uma purificação, um processo catártico, uma vez que você acaba pode seguir adiante, pois não tem mais segredos. Talvez tenha sido uma boa idéia- talvez não, mas tinha que ser feito, então sem problemas. Sabe, eu não sou diferente das outras pessoas, todos nós temos problemas e maneiras de sobreviver, e essa foi a minha, é o meu mundo e eu quero compartilhá-lo, ajudar pessoas e durante o processo fazer música boa.

 

 WARP - Essa história se passa no Período Vitoriano, uma era infundida em muito do que nós fazemos. De onde surgiu essa fascinação?

 EA - Naquela época. tachar alguém de louco, mesmo se não fosse, era uma maneira de se livrar de pessoas inconvenientes, de calar alguém. A maioria das pessoas não eram de fato loucas, mas eram submetidas a este tipo de tortura. Nós rimos sobre isso no palco: não acreditamos que essa fosse uma época glamourousa (muito do que fazemos no palco também não é). Nós tentamos mostrar o quão sombria e horrível essa época foi, porque mesmo que você não fosse louco, aquele ambiente pode facilmente de influenciar. Uma das coisas mais engraçadas da minha vida foi quando eu estava internada numa clínica de saúde mental (na vida real) e não nos davam facas ou garfos, com medo de que chegásemos a cometer suicídio. E então no jantar eles te dão aquele prato grande e nojento de macarrão frio, e querem que você coma com uma colher. Com isso, é fácil você pensar, "se eu não era louco antes disso, com certeza serei agora."


 WARP -  Você trabalhou com Billy Corgan e Courtney Love; você absorveu muitas coisas dessa experiência?

 EA - Sim, muito, eu aprendi que queria ser uma espécie de artista e ainda trabalhar com outras pessoas (risos) Não, eu aprendi muitas coisas valiosas com a Courtney, tive oportunidades que nunca teria tido. A coisa mais valiosa que aprendi tendo gravado e entrado em turnê com a Courtney e toda a sua estrutura foi a experiência de que quando acabou, eu senti que poderia lidar com qualquer coisa sem ter medo. Eu era muito tímida, estudando violino profissionalmente desde muito pequena, então isso te exclui do resto. Nunca fui para o ensino médio, ou fiz outras coisas, mas fico feliz porque se eu não tivesse treinado tanto não poderia ser realmente uma musicista. Qualquer um pode parecer uma estrela do rock, mas ter a disciplina e treinamento para agüentar a imagem é mais importante. Muitas das coisas que eu agradeço pela experiência com a Courtney foram coisas que eu não gostei de início. Por exemplo, eu aprendi sobre drogas. Eu era mais jovem e nunca tinha experimentado ou conhecido nenhuma coisa além de música. Uma vez estávamos numa limosine e um cara pediu um cartão de crédito, e eu pensei: "alguém poderia emprestar um para ele" e uma das garotas da banda disse "Não! É pra comprar cocaína e outras coisas". Eu diria que depois de estar com a Courtney Love, eu aprendi a ter atitudes da maneira mais saudável, pois eu sempre tive aquele espírito de autodefesa, e agora eu posso lutar e matar outras pessoas pelos meus amigos ou amigas.

 

 WARP - Já fazem quatro anos que Opheliac foi lançado. Você o vê como sua obra prima?

 EA - Absolutamente, porque é intensamente pessoal e assustador em vários níveis, mas é a histórias da minha vida até aquele ponto, entende, é muito difícil criar algo depois de ter feito uma coisa tão poderosa. Mas depois eu percebi que eu tinha que mudar alguma coisa, digamos assim que é o primeiro capítulo da história, tudo o que você tem que fazer é ir até o segundo capítulo e eu sei qual é a história, qual será o título da primeira música nova do álbum e qual será a última, e eu sei exatamente o que mudará nos shows e espero gravá-lo no ano que vem após a turnê eurpéia. Eu sou muito autocrítica e nunca estive feliz com algo que eu mesma fiz, exceto Opheliac. Eu ainda o escuto e não mudaria uma nota ou som, não é o melhor álbum do mundo mas é exatamente o que eu queria, extremamente verdadeiro; um truque para que eu não me matasse e pra evitar que o meu distúrbio bipolar piorasse anda mais. 


 WARP - Como será o som do seu próximo álbum?

 EA - Eu sei disso há um tempo já, será mais hardcore, mais intenso, mais violento, até porque, tente imaginar o que acontece a um prisioneiro do outro lado das grades? Será muito louco, terá mais toques de metal,
e continuará lindo.

 

 

 

 Traduzido por Larissa

 Entrevista Original aqui.

 

 

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